sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Amor e o Português



Descobri-te num recanto sombrio da memória entre passos perdidos e promessas esquecidas. Fingi estar ausente quando meus olhos se cruzaram com os teus, fizeste-me crescer.
Porém o meu futuro foi apagado com a borracha da tua crueldade.
O destruir de provas destinadas à falência, é a criação de uma cicatriz eterna.
As pontes que se interpõem entre nossos corações cravam-me lágrimas nas noites silenciosas.
A tua imagem cega-me como uma meta inatingível.
És o complemento dos meus pensamentos e o sujeito dos meus sonhos…
O predicado é simplesmente tudo o que sinto por ti e o espaço que ocupas no meu coração.
As frases coordenadas são as imensas palavras que grito ao vento a chamar por ti…
O adjectivo é a qualificação das minhas lágrimas, silenciosas.
A personificação sobrevém quando o meu coração salta ao ver-te, ou quando chora ao sentir a tua falta.
O verbo é simplesmente amar, amar-te assim…
És a minha metáfora e a minha hipérbole, o meu exagero irreal e descomunal.
És todo o meu Português, todo o meu idioma…. És tudo para mim…

Amar-te é apenas uma gota na imensidão do oceano dos meus sentimentos
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