pensei que fingir esquecer era melhor... que ignorar era como fazer brilhar o meu sol numa quente manhã de verão... mas a realidade tornou-se fria demais no meu universo... transpareci uma imagem tão distorcida e fora de realidade, de contexto, que me fez perceber que nem tudo o que parece se assemelha à verdade... ou pelo menos à verdade que nós queremos que seja...
percebi que se perder o comboio, terei de esperar pelo outro, porque se regressar a casa apenas me farei sentir mais falhada, que de nada vale chorar e lamentar... é passado... que levantar a cabeça e seguir em frente não é o nosso "Adamastor" no nosso "Cabo das Tormentas", na nossa vida...
um simples olhar pode nos fazer voar, como também me pode fazer emergir num mundo habitado furtivamente por lágrimas ou palavras...
sei que nem tudo o que digo e escrevo faz sentido... mas nem tudo necessita de ter ou fazer sentido... por vezes tem simplesmente de estar escrito ou de ter sido dito... é como quando queremos falar e algo se interpõe e diz exatamente o que iríamos dizer... um sacríficio sem esforço.
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